segunda-feira, 6 de abril de 2015
Confira hoje a última parte da reportagem sobre o A350 XWB, o novo widebody da Airbus. (Parte III: Especificação técnica)
Hoje vamos concluir o especial do 'Clássicos do ar' sobre o A350 XWB. Falarei sobre a composição da aeronave e suas inovações de design que permitem uma maior economia de combustível. Por fim, mostrarei dados específicos das três versões e um pouco sobre suas respectivas encomendas. Antes de mais nada, peço desculpas pelo adiamento da publicação dessa postagem, o que acabou deixando a segunda-feira passada sem nenhuma matéria.
Como já vimos, a mudança no projeto inicial permitiu que o A350 tivesse sua capacidade aumentada e que ele fosse mais eficiente nos custos operacionais. Veremos agora algumas dessas mudanças que elevaram sua eficiência.
Hoje em dia, quando se pensa em eficiência na aviação nosso foco se dirige imediatamente para a composição da fuselagem. A indústria está constantemente estudando novos compostos de metais que sejam mais leves e mais resistentes para diminuir os custos. No caso desse widebody, sua fuselagem apresenta 53% de fibra de carbono (maior porcentagem em uma aeronave), 19% de liga de alumínio-lítio, 14% de titânio, 6% de aço e 8% de materiais variados. A título de comparação, o 787 possui 50% de fibra de carbono, 20% de alumínio, 20% de titânio, 10% de aço e 5% de outros materiais.
Quanto ao design, o A350 inova ao ser a primeira aeronave da Airbus a ter largura constante entre a primeira e a última porta. Algumas pessoas podem não ter percebido, mas aeronaves como o A330 possuem menos assentos nas últimas fileiras de poltronas, justamente porque a largura diminui. Em relação as asas, temos que as do A350 são as maiores do mercado de aviões 'single-deck'. Porém, elas não são só maiores, elas também apresentam melhorias sutis que fazem diferença na eficiência da aeronave. Outras melhorias também podem ser encontradas no nariz, cockpit, aviônicos, motores, sistemas e trem de pouso.
Juntas, a composição da aeronave e as melhorias de design resultam num dos aviões mais eficientes do mercado, se não o mais eficiente. Assim, ele pôde rivalizar de igual para igual com o 787 e forçou a Boeing a criar uma versão melhorada do 777.
Para terminar esse especial, vamos agora falar sobre as versões e adentrar um pouco mais nas encomendas já recebidas pela aeronave.
O A350 possui três versões, são elas: A350-800, a menor da família com capacidade para 276 passageiros em duas classes; A350-900, a intermediária com capacidade para 315 passageiros em duas classes; A350-1000, a maior de todas com capacidade para 369 passageiros em duas classes.
O A350-800 terá a menor capacidade da família e sua data para entrar em operação ainda não foi divulgada (pelo menos não encontramos a data). Seu alcance é de 15,300 km (8,250 nm), o maior entre os irmãos. Ele não demonstrou muito sucesso nas encomendas, até agora só conseguiu 16 pedidos. Ele compete com o 787-9 e está na mesma categoria do A330-200, que será substituído por uma versão melhorada, o A330-800neo.
O A350-900 é o intermediário e já está sendo fabricado. A primeira aeronave foi entregue para a Qatar, que realizou o primeiro voo comercial da família em 15 de janeiro deste ano. Seu alcance é de 14,350 km (7,750 nm), o menor da família. Ele foi o que recebeu o maior número de encomendas até agora, emplacando 595 pedidos. No Brasil, será operado pela TAM (primeira a receber na América), Avianca e Azul. Ele compete com o 787 e o 777, e substituiu o A340-300.
O A350-1000 será o maior de todos e deverá entrar em serviço em 2017. Seu alcance é de 14,800 km (8,000 nm). Ele já recebeu 169 encomendas. Nenhuma brasileira encomendou essa aeronave. Ele compete com o 777-300ER e o 777X, e substituiu o A340-600. A Qatar também será a primeira a operá-lo.
Então pessoal, esse foi o 'Clássicos do ar' sobre o novíssimo A350, espero que tenham gostado desse especial.
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