quinta-feira, 23 de abril de 2015
Há quase um ano a aviação vivia o início de um dos seus maiores mistérios, o voo MH370 ainda se encontra desaparecido.
Estamos começando hoje a temporada 2015 da série 'Acidentes Aéreos'. Decidi começar a 3ª temporada com um caso recente, mas que entrou para a história como um dos maiores mistérios da indústria aeronáutica. O voo MH370, operado pela Malaysia Airlines, continua desaparecido pouco mais de um ano depois do seu sumiço. Até hoje não há nenhuma pista de onde pode ter caído o Boeing 777-200ER (9M-MRO) que realizava o voo entre Kuala Lumpur e Pequim.
O Boeing da Malaysia decolou no dia 08 de março de 2014 com 12 tripulantes e 227 passageiros a bordo, a maioria sendo chineses. No comando da aeronave estava Zaharie Ahmad Shah, com 33 anos na aérea malaia, já o copiloto, Fariq Ab Hamid, era menos experiente e estava realizando seu primeiro voo sem instrutor num 777.
O Boeing da Malaysia decolou no dia 08 de março de 2014 com 12 tripulantes e 227 passageiros a bordo, a maioria sendo chineses. No comando da aeronave estava Zaharie Ahmad Shah, com 33 anos na aérea malaia, já o copiloto, Fariq Ab Hamid, era menos experiente e estava realizando seu primeiro voo sem instrutor num 777.
O voo noturno de seis horas de duração decolou às 00h40 e todos os procedimentos estavam dentro da normalidade. Vinte minutos após a decolagem, eles atingem a altitude de cruzeiro e seguem até o waypoint Igari. Às 1h19, o controlador de Kuala Lumpur faz sua última transmissão com o voo MH370. O esperado agora era que houvesse um contato entre a tripulação e os controladores do Vietnã em menos de um minuto, porém não houve esse contato.
Sem resposta da cabine e sem informação do voo no radar, iniciava-se um dos maiores mistérios da aviação. As buscas pela aeronave, que já duram mais de um ano, começaram no Golfo da Tailândia. Como a área possui cobertura de radar limitada, não era possível determinar exatamente onde ela havia caído, e a medida que as buscas iam fracassando a área de procura era ampliada.
A falta de pistas acabou incitando o levantamento de algumas teorias preliminares baseadas na investigação de algumas informações, como, por exemplo, dados dos passageiros, tripulação e registros de radar. Desde o começo, a teoria de sequestro era bem forte e ela ganhou mais força quando foi descoberto que alguns passageiros entraram no avião com passaportes roubados.
Posteriormente foi revelado que o transponder e o ACARS foram desativados quase que simultaneamente, o que afunilou as possibilidades e alimentou ainda mais a teoria de sequestro. Além do sequestro, essa revelação também levantou a ideia de fogo na cabine, o que levaria a danificação de vários estruturas e, portanto, justificaria a desativação desses instrumentos de rastreamento. Porém, nenhum chamado de emergência foi feito e a teoria de incêndio enfraqueceu.
Uma pista mais consistente surgiu quando foi revelado que a aeronave manteve a emissão dos sinais automatizados, os pings, horas depois da perda do contato. Esses sinais são comunicações automáticas realizadas entre o avião e uma rede de computadores em solo. O que era mais impressionante era que os pings continuaram sendo emitidos até sete horas depois do último contato.
A informação sobre os pings foi muito importante por diversos motivos, eles revelaram que a aeronave não poderia ter caído no Golfo da Tailândia e permitiram eliminar algumas teorias e levantar outras. Uma teoria muito forte que surgiu foi a de que a cabine pudesse ter se despressurizado e as pessoas a bordo pudessem ter sofrido hipóxia, assim, com todos desacordados, a aeronave teria voado 7 horas até acabar o combustível.
A informação sobre os pings foi muito importante por diversos motivos, eles revelaram que a aeronave não poderia ter caído no Golfo da Tailândia e permitiram eliminar algumas teorias e levantar outras. Uma teoria muito forte que surgiu foi a de que a cabine pudesse ter se despressurizado e as pessoas a bordo pudessem ter sofrido hipóxia, assim, com todos desacordados, a aeronave teria voado 7 horas até acabar o combustível.
Infelizmente essa nova teoria não pode ser confirmada já que a aeronave realizou três curvas após a perda de contato. Essas curvas, além de não serem previstas para a rota, não poderiam ter sido feitas por uma pessoa em estado de confusão provocado pela hipoxia. Portanto, os investigadores concluíram que elas haviam sido feitas deliberadamente por alguém na cabine.
A ideia de que foi um ato humano deliberado é ainda mais aceita quando se considera que o 777 tem múltiplos suportes de segurança, e até mesmo suporte para o suporte, o que descartaria as falhas múltiplas. Além disso, o transponder e o ACARS não possuem ligação elétrica óbvia e só poderiam ter sido desligados por alguém.
Mesmo sendo a teoria do ato deliberado a mais aceita, nenhuma hipótese sobre o que teria acontecido com o voo MH370 pode ser descartada. Tudo que foi levantado até agora é apenas fruto de suposição, mesmo que ainda seja baseado em informações sobre o voo. É preciso torcer para que encontremos a aeronave desaparecida, caso contrário poderemos nunca saber o que aconteceu com o 777 da Malaysia Airlines.
Marcadores:Acidente,Ásia,Aviação internacional,B777,Segurança,Tecnologia
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