segunda-feira, 25 de junho de 2012

     Nessa sexta-feira foi concluída a fusão entre as empresas chilena e brasileira, LAN e TAM.

     As companhias aéreas TAM e LAN deram início nesta sexta-feira a um processo de fusão que vai criar uma das 10 maiores empresas do setor no mundo em um momento em que altos custos com combustíveis e lentidão da economia global forçam empresas a buscar maior escala para competir de maneira mais eficiente. A fusão começa cerca de dois anos depois do primeiro anúncio de associação das companhias, que até agora eram obrigadas por autoridades regulatórias a operar de maneira independente, retardando planos estratégicos em meio ao aumento da competição no Brasil, maior mercado de aviação da América Latina. Com a criação da Latam Airlines nesta sexta-feira, após um namoro que durou oito anos, TAM e LAN iniciaram um processo de integração de suas malhas que aumentará a capilaridade da LAN no Brasil e as conexões da TAM nos Estados Unidos, Europa e América do Sul.

     "A fusão é de crescimento. Temos um overlap (sobreposição de rotas) de menos de 3 por cento. É um quebra-cabeças perfeito", afirmou a jornalistas Enrique Cueto, presidente-executivo da Latam, acrescentando que a companhia não vai reduzir sua frota de 310 aviões, incluindo 14 de carga. A expectativa é que a integração das empresas, que manterão seus centros de operações em São Paulo e Santiago além de suas marcas próprias, aconteça em até 4 anos, disse o presidente do conselho de administração da Latam, Maurício Rolim Amaro, filho do fundador da TAM. Segundo os executivos, a integração das empresas vai gerar economias de 170 milhões a 200 milhões de dólares em 12 meses, valor que deve ser ampliado para entre 600 milhões e 700 milhões de dólares ao final do quarto ano. Do total de sinergias, cerca de 60 por cento virá de aumento na receita nos negócios com passageiros e carga por conta da associação, enquanto o restante será gerado por economias de custo.

     Segundo Amaro, as encomendas atuais de 137 aviões da LAN e de 103 da TAM estão mantidas, "pelo menos no curto prazo, até que seja finalizada a revisão da malha" da companhia conjunta. Ele não informou quando isso poderá ocorrer. A Latam surge com uma frota de vários fornecedores distintos, sendo os principais Airbus e Boeing. O presidente do conselho da companhia afirmou que considera "difícil no curto prazo caminhar para um só fabricante". "Existe um interesse de racionalizarmos a frota no sentido de modelos, isso economiza peças, planejamento de rotas, treinamento de pilotos", disse Amaro, explicando que o objetivo da Latam é reduzir o número de modelos usados pelo grupo. Atualmente TAM e LAN operam 7 modelos de aviões da Airbus e 5 modelos da Boeing, além de possuírem 14 turboélices da Bombardier e 5 da ATR. Cueto informou que o foco da Latam está na Europa e Estados Unidos e que a decisão pela aliança passará pela melhor oferta de conectividade dessas regiões à malha da companhia sul-americana.

Fonte: Portal Reuters via G1

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