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     O CSeries da Bombardier realizou hoje seu primeiro voo decolando da sede da fabricante em Mirabel, Quebec, às 10h54 (horário de Brasília). Nas cores azul e branco, o CS100 decolou depois de nove meses de atraso, realizando um dos momentos mais marcantes para qualquer projeto de novas aeronaves. A linha CSeries já custa 3,4 bilhões de dólares aos cofres da canadense, a qual promete romper o duopólio da Airbus e da Boeing no segmento de jatos entre 110 e 130 assentos.

     O projeto que prometia trazer uma aeronave com consumo mais econômico de combustível ainda não decolou nas encomendas, somando apenas 177 unidades vendidas ante vendas combinadas de cerca de 3.800 aviões das últimas versões do Airbus A320 e do Boeing 737. Dessa forma, a nova família de aeronaves da Bombardier ainda não atendeu as expectativas da criadora que previa, com o projeto, alcançar uma boa fatia do mercado de aeronaves entre 100 e 200 lugares, que está avaliado em mais de 2 trilhões de dólares para os próximos 20 anos.

     Mesmo assim os CSeries podem acumular mais encomendas, pois, segundo investidores do setor aeroespacial, os próximos meses de voos intensivos irão confirmar ou não as alegações da Bombardier sobre maior eficiência em combustível, baixos custos operacionais e nível baixo de ruído. Isso significa que se forem comprovadas as promessas, a aeronave irá ganhar a confiança do mercado. O voo desta segunda também foi importante para testar os motores PurePower PW1500G desenvolvido pela Pratt & Whitney, da United Technologies