quinta-feira, 6 de setembro de 2012

     Nova empresa aérea promete integrar o nordeste brasileiro, será mesmo?


     Várias já foram as tentativas de criação de uma empresa aérea regional para ligar o nordeste brasileiro. Recentemente, a Noar que iniciou com dois aviões foi um desses casos que acabou fracassando com a queda de uma aeronave, e a consequente suspensão de suas operações. Agora, aparece uma nova, a Voa Brasil, que diz querer integrar o nordeste, será mesmo? É isso que o nordeste está se perguntando: será que nos vão fazer de trouxas novamente?

     O primeiro motivo para não se acreditar no projeto é que a diretoria da Voa Brasil foi a mesma que esteve envolvida no escândalo da compra da Transbrasil por um real. Além de que o envolvido, hoje deve a todo mundo, e, portanto, não teria dinheiro para fazer um investimento de 700 milhões de reais, como foi previsto.

     Em segundo lugar colocamos a pergunta: como pode uma empresa aérea começar com cerca de 33 aeronaves para ligar uma região com opções limitadas de voos e rotas, além de já estar visando voos internacionais, principalmente num momento tão delicado da economia mundial (ressaltando ainda mais o dono e suas dívidas)?

     Outra coisa interessante é que metade das aeronaves já foram adquiridas e estão sendo preparadas para começar a voar no final do ano, mas onde estão tais aviões? Além do mais, deve-se ressaltar que a Embraer, fabricante dos E190 que serão utilizados, reduziu sua carta de pedidos significativamente nos últimos tempos causando até alguns prejuízos e abandonamento de projetos para novas aeronaves, então como se explica essa aquisição repentina? Porque não foi anunciada pela fabricante?

     E, por fim, a conclusão mais arrebatadora: como pode o aeroporto de Petrolina, que não recebe ampliação desde 2004, segundo os próprios dados da Infraero, receber, temporariamente, pois em 2014 vai haver a finalização de uma nova ampliação, uma empresa de porte mais que duas vezes maior que o da Passaredo?

     Como os motivos são muitos para não acreditar na existência dessa empresa, citamos aqui apenas quatro bastante significativos que mostram a total fantasia desse projeto. Gostaríamos muito que o nordeste tivesse uma empresa regional, porém não com palhaçadas e falcatruas, até porque não são palhaços. Um projeto como esse deve ser bem pensado, para não acontecer o mesmo que aconteceu com a Noar, e para não incitar, ainda mais, a visão de insegurança que as pessoas tem em relação as aéreas nordestinas.

     O povo nordestino merece a integração da região, porém, projetos  "avexados", como se diz na região, e empestado de falcatruas, que já citamos acima, não são o melhor caminho.

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