sexta-feira, 30 de março de 2012

     Em 2011, a Gol e a TAM somaram seus prejuízos na casa de 1 bilhão de reais, e ele se tornou um ano para ser esquecido pelas duas.


     Terminando 2011 com o prejuízo na casa de 1 bilhão de reais, a Gol e a TAM -as duas maiores companhias aéreas brasileiras- veem-se obrigadas a sacudir a poeira e dar a volta por cima. Como foi mostrado recentemente, pelo O Globo, as duas companhias tiveram as maiores perdas de 2011, mesmo assim, a Gol ainda teve o maior tombo, pois o seu dano ultrapassou o lucro do ano anterior. Devido ao quebra-quebra, as companhias tiveram que repensar seus planos e começarem a desenvolver algo para voltar ao lucro em 2012.
     Devemos falar apenas do caso da Gol, que foi o mais crítico. A companhia que se dizia 'inteligente', no começo, quebrou a cara e se estatelou no chão. Ela teve um prejuízo líquido, no ano passado, de 710 milhões de reais, frente ao lucro líquido de 214 milhões no ano anterior. A culpa disso, foi a compra, afoita, de outra companhia aérea, Webjet, além do aumento do preço da querosene e da guerra tarifária do mercado em 2011. A companhia se vê em grande dificuldades, pois ela perdeu bastante para empresas regionais, na qual ela faz concorrência na maioria das rotas, além de ter sofrido uma diminuição no seu valor de mercado que, o que antes era maior que o da TAM, se tornou a metade do valor da concorrente.
     Se comparada com a TAM, podemos ver que as medidas da Gol foram bastantes drásticas, pois ela vai diminuir sua folha de gastos (demitindo funcionários), para tentar suprir o rombo na empresa. Dentre outros fatores que a Gol adotará para reverter a situação, estão a diminuição da sua frota para 120 aeronaves, além da redução da oferta de voos. A companhia, devolveu os seus B767 no ano passado, e, agora, está renovando a frota da Webjet, dando-lhe parte dos seus B737-7, sendo assim, o sonho de operar um B787, fica longe de ser realizado.
     A situação também é crítica quando se fala de voos internacionais. A Gol, que já não tinha muita influência internacionalmente, se vê perdida em relação a concorrência da TAM, que cresce cada vez mais nesse mercado, fazendo disputa quase que desleal. Já dentro do mercado interno brasileiro, temos, ainda, que a companhia, com as guerras tarifarias, perdeu ainda mais sua influência nos últimos anos, recuando de 38%, em 2010, para 34%, no começo deste ano.
     Apesar de tantas notícias ruins, existe uma luz no fim do túnel. A grande sorte da Gol diante do prejuízo, é que, para se levantar, ela deve aproveitar o mercado da aviação interna brasileira, que cresce a cada dia, e que tem previsão para dobrar em alguns anos. Mesmo assim, não se deve confiar nisso, pois ela precisa gerar receita para reconstruir o ano perdido e voltar a crescer, só que desta vez, com mais cautela. A Gol ainda é, relativamente, nova no mercado, e, assim como todas as outras, tem muito o que aprender ainda. Só podemos desejar que ela se recupere do tombo, e se torne grande, novamente.

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