quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

                   A Gol, finalmente, mudou seu pensamento, e fechou um acordo com a Delta, que, agora, possui 3% de suas ações.


Avião da Gol decolando. Fonte:  paraiba.com.br
                É senhoras e senhores, como diz o velho ditado popular: o feitiço virou contra o feiticeiro. Este ditado se encaixa perfeitamente na situação da Gol Linhas Aéreas Inteligentes, que anteriormente comprava empresas aéreas brasileiras e agora teve uma pequena parte de suas ações compradas pela Delta Airlines, empresa aérea norte-americana. Mesmo esses 3% -equivalente a um investimento de 100 milhões de dólares por parte da Delta- serem muito pouco, ainda sim, representa uma porcentagem interessante.
                Que coisa, não? A Gol Linhas aéreas que antes comprava, hoje tem parte dela vendida para a Delta. Ela, que agora possui uma participação acionária minoritária estratégica, conseguiu talvez, finalmente, abaixar o fogo que a Gol tinha de “baixo da saia” para comprar empresas concorrentes. A Delta, agora, juntamente com a Gol firmaram um acordo comercial de longo prazo que define o incremento no acordo de code-share, permitindo à Delta colocar seu código em mais voos no Brasil, Caribe e América do Sul.
                 Do outro lado, vem a Gol, que, com o acordo, também poderá colocar seu código em serviços entre Brasil e Estados Unidos, que são operados pela Delta. Falando um pouco mais sobre a Delta, neste acordo, ela, agora, recebeu a transferência dos contratos de arrendamento de duas aeronaves Boeing 767-300 remanescentes da frota da Gol e suas peças sobressalentes. Esses Boeing que eram tidos pela Gol como um “Elefante Branco nas cores da VARIG”, já que as aeronaves deixaram de ser usadas pela empresa, com pouco tempo de uso, e ainda por cima, ninguém queria elas.
Troca dos aviões das duas empresas por parte dos
presidentes delas. Fonte:  g1.globo.com
                 O acordo trará para os passageiros das duas empresas, outros benefícios, como, por exemplo, a otimização na conexão de voos, facilitando as conexões e a movimentação de cargas e passageiros entre os cerca de 400 destinos em mais de 70 países servidos, além de mais comodidade para os clientes dos programas de milhagem Smiles e Sky Miles. Mas para quem estava de dedos cruzados, pesando que em um curto prazo a Gol pudesse passar a ser controlada pela Delta, no sentido dela interferir nas decisões da empresa, melhorando o serviço e o atendimento de bordo e no solo, que é muito ruim, infelizmente, não será possível, pois, no Brasil, a legislação não permite a compra de uma empresa brasileira por um grupo estrangeiro, limitando a participação dos mesmos em até 20%.
                Gosto muito da Gol, assim como da TAM, mas é uma piada a barrinha de cereal que a empresa coloca para a gente comer junto com a bebida durante o voo. Essa foi a oportunidade que eu encontrei para chamar a atenção dela pelo fato de que o serviço de bordo deles, mancha a imagem da empresa, pois ela passou a vender passagens no mesmo preço da TAM, deixando de ser “low cost low fare”, e nos faz pagar por um lanche ou comer aquela barrinha de cereal. Talvez esse acordo, além dos benefícios para os passageiros, aqui apresentados, faça com que a Gol aprimore o tratamento com os seus clientes se inspirando na Delta.

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