terça-feira, 6 de dezembro de 2011
     O Decea resolveu diminuir o espaço entre as aeronaves no final de ano, oferecendo a possibilidade de que até 80 aviões voem simultaneamente.

            Pesquisando sobre as operações passadas de fim de ano, nunca percebi tanta preocupação com a grande quantidade de aviões nos céus brasileiro. A preocupação é tanta que o governo resolveu diminuir o espaço entre as aeronaves. Mas cheguei a conclusão de que ele não está no caminho certo. O governo está arranjando uma solução para apenas um lado, o lado no qual a imprensa bate em cima, que  é a situação dos passageiros nos aeroportos. O lado prejudicado, começa a ser o dos controladores de tráfego, que aumentarão o número de aviões na sua tela, se tornando cada vez mais difícil controlar o tráfego. Além disso, o nome "operação de fim de ano" já deveria ter sido tirado, pois o problema se alastra pelo ano todo. Até quando o governo vai levar o problema com a barriga?
Torre de controle do tráfego aéreo nos aeroportos do
Brasil. Fonte: aviacaogeraldotocantins.com.br
            Ao adiar o problema do crescimento desenfreado versus a falta de infraestrutura, o governo está dando, apenas, um paliativo ao problema do espaço aéreo brasileiro. A diminuição do espaço entre as aeronaves de 10 milhas para 5 milhas, além de oferecer um susto, nada agradável, ao passageiro, quando notar que existe uma aeronave muito próxima do seu avião, vai, também, oferecer mais espaço para que as empresas aéreas “entulhem” aviões no céu.
            Se continuar assim, o Decea, vai terminar colocando uma aeronave do lado da outra, mas podemos ficar tranquilos pois, por enquanto, a nossa segurança não está ameaçada, mas só por enquanto. Trago a tona outro problema: nas costas de quem, vai cair a culpa depois que um avião colidir com outro no ar novamente? Batendo na madeira, para que isso não aconteça, mas que pode acontecer. Vai cair nas costas dos controladores de voo. Os coitados que só obedecem às ordens balançando a cabeça terão que balançar mais uma vez para que o governo enfie mais aviões nos seus monitores que se tornarão cada vez menores por causa do número de aeronaves. Os pontinhos, que representam os aviões no monitor, se empestarão, como moscas no lixeiro.
Tela do controlador de voo no Brasil.
Fonte: aero.jor.br
            Apesar da diminuição não afetar em nada a segurança dos passageiros, em tese, ela, para mim e talvez para muita gente, pode representar a entrada do governo em um beco sem saída. O crescimento da malha aérea brasileira não pode parar e isso é fato, mas o governo não pode esperar resolve-lo assim. Admiro a procura por uma solução, mas o governo não está no caminho certo. Além de ser um paliativo, essa diminuição resolve uma parte, deixando a parte dos controladores de voo carente, isso porque, como já vem sendo alertado, enquanto o crescimento da malha aérea é grande, o número de controladores de voo aumenta muito pouco, numa balança que está prestes a explodir.

Informações retiradas do site: aeromagazine.com.br

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