quarta-feira, 12 de março de 2014

     O triple seven é um avião invejável em termos de segurança e sucesso de vendas.

     Antes de falar sobre o Boeing 777 gostaria de explicar sobre o 'Clássicos do ar'. Esse será o novo nome do 'Registros da aviação'. A mudança no nome do quadro ocorreu porque ele fugiu da ideia original. Ele foi inicialmente elaborado para mostrar fotos e vídeos, porém aos poucos ele foi tendendo a reportar as histórias de aeronaves, aeroportos e outras coisas relacionadas à aviação. Por isso, decidimos mudar o nome do quadro neste ano, trocando para 'Clássicos do ar'. Explicada a mudança, confira a história do 777:

     Na era dos imponentes trijatos e quadrijatos surgia uma nova aeronave. Esta também era de grande porte, porém possuía apenas dois motores e era mais eficiente no consumo de combustível. O Boeing 777 ou triple seven, como é mais conhecido, surgiu da necessidade da Boeing de criar um avião maior que o 767, porém menor que o 747, para competir com o MD-11, da McDonell Douglas, e com o A340, da Airbus. Juntas, essas três aeronaves competiriam nos anos seguintes para conquistar o mercado dos antigos trijatos DC-10 e o Tristar.

     No começo, a ideia da Boeing para conquistar esse mercado era a de criar uma versão alongada do Boeing 767, que seria nomeada de 767X, porém este não despertou ânimo no mercado. Então, surgiu a ideia de criar um bimotor, que seria mais eficiente que os trijatos e quadrijatos, mas que teria a mesma capacidade de transporte de passageiros. O projeto foi inovador desde sua criação. O triple seven foi o primeiro avião inteiramente projetado digitalmente, utilizando computação gráfica de terceira dimensão.

     Além das inovações tecnológicas no projeto, o 777 também inovou ao receber ajuda das empresas aéreas para ser projetado. Ele foi desenhado do zero, com uma fuselagem inovadora que incorporou inúmeras melhorias, rendendo diversos prêmios de design. Ele também foi o primeiro jato da Boeing com sistema Fly-By-Wire, que processa o comando do piloto antes de executá-lo, inibindo manobras que coloquem em risco a segurança do voo. Além disso, a aeronave utilizava material composto e ligas de alumínio, tornando o avião ainda mais eficiente em relação aos concorrentes.

     A primeira encomenda da aeronave foi feita em 15 de outubro de 1990 pela United, que se tornou a cliente de lançamento da aeronave. A mesma foi a primeira a colocar a aeronave em operação, em 15 de maio de 1995, no voo Washington-Londres. Ao contrário da ideia do 767X, o triple seven obteve grande aceitação do público, recebendo 100 encomendas antes mesmo de entrar em operação.

     A primeira versão do Boeing 777 foi a -200, logo depois, em 1997, foi lançada a -200ER com alcance maior. Mais tarde, em 2005, o 777-200 ainda ganhou a versão -200LR, com alcance ainda maior que o ER. Esta versão possui tanques de combustíveis extras que aumentam a autonomia de voo, e ela hoje detém o recorde de voo mais longo, entre Hong Kong e Londres, que durou  22 horas e 42 minutos, tirando o título do A340-500 de avião com maior alcance.

     Com o sucesso imediato da versão 777-200, a Boeing também lançou o 777-300, em 1995. A aeronave fez seu primeiro voo em 16 de outubro de 1997. A versão de alcance estendido, o -300ER só foi lançada em 2003. Desde então, a versão -300 rendeu ao 777 o título de maior avião bimotor do mundo. Ela possui capacidade de passageiros semelhante aos 747, porém consome 1/3 menos combustível e possui custos de manutenção 40% mais baixos. Outro recorde do -300 foi conquistado pelos motores, que são os turbofans mais potentes que existem, capazes até de fazer a aeronave voar com apenas um motor funcionando.

     Além de grandes inovações e muitas quebras de recordes, o 777 foi um exemplo de grande sucesso. Enquanto a Boeing esperava comercializar quinhentos jatos do tipo em quinze anos, a empresa foi surpreendida com as 1.116 encomendas computadas até o final de 2009. A empresa aérea que mais operava o avião até 2009 era a Singapore Airlines, com 77 unidades. Outro dado invejável do 777 é seu histórico de acidentes, pois até hoje só registrou cinco (incluindo o recente da Malaysia Airlines), rendendo-lhe o reconhecimento como um dos aviões mais seguros do mundo. O primeiro acidente com vítimas ocorreu apenas no ano passado, quando um triple seven da Asiana Airlines errou sua aproximação no aeroporto de San Francisco.

Informações aviaçãocomercial.net
                      portalbrasil.net

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