Avibrasil

     Passaram-se as festas, passou-se o entusiasmo inicial, mas a crise ainda permanece no calcanhar da LAN e da TAM, digamos que mais no da TAM, pois desde que ela entrou nesse negócio só fez abrir mão de tudo que foi posto em debate na holding. A situação só piora para ela, e isso ficou evidente no anúncio recente de corte de gastos no Brasil feito pela LATAM, dando a impressão de que a aérea brasileira só está se deixando enganar.

     A ideia inicial era: a união de forças para vencer a crise! Mas, ao contrário do que se viu em fusões por ai afora, o que ocorreu foi uma união de dificuldades, criando uma maior e exigindo apertos também maiores. Diante disso, a TAM só faz perder. Perdas como a saída da Star Alliance, juntamente com a credibilidade que essa aliança possui aqui, e perdas de investimentos,  já que os cortes só ocorrem no lado dela compensado a falta de grandes cortes no lado da LAN.

     O primeiro erro dessa aliança, que acarretou na continuidade desses problemas, foi a decisão por não unificar as marcas, o que talvez faria o custo cair bastante. Outro erro foi a ideia, no mínimo estupida, de optar pela LAN para ser a principal no comando, empresa que não possui conhecimento algum sobre o mercado brasileiro (de dimensões continentais) e que tinha metade das dimensões da TAM implicando em uma certa inexperiência em liderar uma nova aérea de tais dimensões.

     O que se tira disso tudo é que a empresa começou mal, e nós já sabemos o fim de alguém que começa dessa forma no mercado, que não perdoa nada e nem ninguém. O melhor a se fazer daqui para frente é tentar amenizar os erros cometidos de início e esperar que essa situação possa ser revertida o mais rápido possível, quem sabe ainda esse ano, pois a nova holding já decolou na turbulência e cada dia mais ela perde velocidade, tendendo a uma descida acentuada e perigosa.