sexta-feira, 2 de março de 2012
     Será que as passagens aéreas estão sendo cobradas pelo preço real? Será que a aviação não perdeu o seu verdadeiro sentido? O que será da aviação comercial?

     Começo de ano, fim de 2011, e nós vimos nesta transição os resultados da aviação comercial do ano passado, um tipo de balanço. E, é aproveitando este clima de encerramento de enquete, sobre a 'melhor companhia aérea', e começo de ano que eu volto a falar da aviação comercial e o seu 'avanço'. Será mesmo que podemos dizer que ela avançou? Não sei se você concorda comigo, mas, parece que quanto mais se avança neste ramo, a cerca de tecnologia, mais se regride no conforto.
Antiga imagem da aviação brasileira. Fonte: style.greenvana.com
     Não existe mais desculpa. As passagens estão mais caras, internacionalmente falando, e o desconforto maior ainda. Nem a primeira classe se salva mais. Parece que a ideia de segurança, também, foi pelo ralo, pois ano passado, no Brasil, o número de acidentes aéreos nunca foi tão grande  nos últimos anos. O passado de uma aviação que se preocupa com o conforto do cliente e o respeito a ele, vem sendo diluído na lembrança e abrindo espaço para uma nova aviação, uma aviação tecnológica e marcada pelo desconforto.
     No passado, ficou, talvez para sempre, a lembrança de um aviação bonita, elegante e fina, onde as pessoas escolhiam a roupa para viajar no avião. No passado, ficou a lembrança de uma aviação em que a comida era feita para pessoas e servidas em pratos de porcelana, com talheres de prata e copo de cristal, marcando o avião como um transporte elegante. Hoje, o avião é quase um ônibus, onde já se pensou, até em levar passageiros em pé, o que é um afronte a segurança da aviação. Avião foi feito para ser seguro, onde a revisão é preventiva e os cuidados também.
Antigo slogan da Continental. Fonte: clevelandleader.com
     Devido a esse descaso da nova geração da 'aviação', muitos já optaram por um jatinho particular, onde o conforto e a beldade da aviação ainda se salva. Num mercado que vem crescendo a cada dia, vejam que ironia, o Brasil é o segundo maior do mundo. Num país em que a aviação era sinônimo de qualidade, representada pela VARIG e por tantas outras companhias da época, dentre elas a TAM que, quando pequena, era exemplo de responsabilidade, e que leva, ainda hoje, um pouco desta marca em seus serviços.
     Para terminar a primeira crítica do ano, quero dizer a todos que, eu sou a favor de preços acessíveis na aviação, pois acho que ela precisa ser utilizada por todos, possibilitando a quebra de fronteiras no mundo, pois todo mundo tem o direito de se comunicar rapidamente, e a aviação permite isso. A maravilha do homem moderno não vai se acabar, mas, também não pode se degradar, e se o mundo está optando pelo jatinho particular, é porque a aviação comercial, não mais, atende as expectativas das pessoas. E, para terminar, quero deixar o meu pesar pelo fim da Continental Airlines, que acontecerá segunda-feira, pois ela foi uma empresa que fez história no passado trazendo, para a aviação, boas lembranças. Adeus Continental.

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