domingo, 27 de maio de 2012

     Amanhã, se a previsão se concretizar, Azul e TRIP anunciarão uma fusão ao mercado.

     Em mais um movimento de consolidação do setor brasileiro de aviação civil, a companhia aérea Azul vai se fundir com a regional TRIP, segundo disseram, ao Estado, fontes próximas ao alto escalão de uma das empresas. O negócio deve ser anunciado ao mercado nesta segunda-feira depois de cerca de seis meses de conversas entre executivos das aéreas.

     Com a operação, a nova companhia ganhará musculatura e se isolará como terceira grande força da aviação brasileira, posição já ocupada hoje pela Azul, com menor folga. Juntas, as duas aéreas detinham 14,1% do mercado doméstico de passageiros em março deste ano, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). A concretização do negócio ainda depende do aval da ANAC, que deve analisar a parte financeira da operação, e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), responsável por julgar questões relativas a concentração de mercado. No último dia 10, em um evento realizado no Rio pela revista britânica The Economist, questionado sobre os rumores de que a companhia estaria em negociações com uma concorrente, o fundador da Azul, David Neeleman, não confirmou nem negou a informação. 'Não há nada que eu possa dizer sobre isso agora', declarou.

     Segundo o Estado apurou, o grupo de acionistas da Azul vai deter cerca de 80% da nova companhia. Já os investidores da TRIP ficarão com os demais 20%. As fontes ouvidas pela reportagem disseram que será Neeleman, empresário norte-americano nascido no Brasil, quem dará as cartas na empresa, mas não souberam detalhar como ficará distribuída, no novo negócio, a participação de cada acionista individual que compõe o capital das duas aéreas. Hoje, além de Neeleman, fundos de investimentos integram o capital da Azul, entre os quais o Gávea e os estrangeiros TPG e Weston Presidio. Já a Trip tem 20% de suas ações nas mãos da companhia aérea SkyWest, dos Estados Unidos, e o restante estão com os controladores, os grupos Capriolli e Águia Branca. Uma fonte afirmou que é provável que o atual presidente da Trip, José Mario Caprioli, fique com um assento no Conselho de Administração da nova empresa.

Texto adaptado: Portal Estadão

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