terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

     O Avibrasil rompe mais um ano, mas o que será que mudou de um ano para o outro?

     "Mudaram as estações, nada mudou" ou "Nada do que foi será. Do jeito que já foi um dia"? É certo que o ano mudou, mas será que a aviação mundial acompanhou essa transição? Mais um período longo de 365 dias começou, porém o que deveria ser um novo começo está mais para um prolongamento do fim, com os mesmos problemas, as mesmas faltas de soluções, os mesmos resultados, enfim, os mesmos caminhamos em novas cenas de destinos já previstos e traçados.

     Nesse tempo que passamos fora não deixamos de nos atualizar, e um mês e meio foi o suficiente para observar que tudo continua igual, com caras e nomes diferentes, mas igual. Aviões com promessas de futuro falham, a crise assola empresas e fusões acontecem e, aqui no Brasil, o gargalo só aperta cada vez mais.

     Nesse distanciamento temporário, infelizmente, foi possível perceber o quanto ainda nós somos limitados e incapacitados de criar condições melhores para os voos, para o ambiente e para os passageiros, exemplo disso é o Boeing 787 que infelizmente acabou apresentando problemas com suas inovações e levantado questionamentos sobre até onde a tecnologia pode invadir o espaço da segurança.

     Foi possível analisar também que a crise só aumenta e grandes fusões começam a surgir cada vez mais, se tornando muito comum a união das forças de grandes empresas. Enquanto isso, nós (passageiros) só fazemos cair ainda mais no conceito das aéreas, que a cada dia passam a nos igualar mais ainda à mercadorias. Situação essa que já ocorre no Brasil e que só piora com os gargalos, claramente evidentes em fotos de filas quilométricas nos aeroportos brasileiros.

     E ai chamo atenção para esse último parágrafo, pois ele representa o que sempre foi o foco do Avibrasil: você passageiro. Já que pensamos que você, o qual sustenta a aviação, deve ser o mais valorizado, o que infelizmente não acontece. Por isso, mais um ano começa e por isso mais um ano terminará do mesmo jeito como o anterior acabou, com você em segundo plano, abrindo margem para o lucro.

Por Flávio Magalhães Filho

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